Visitando o Campo de Concentração em Dachau – #museumweek

Este ano estamos novamente participando do #MuseumWeek 2016, uma semana comemorada por todos os museus do mundo e blogs como os nossos falam sobre sua experiência ao visitar algum dos milhares locais que têm a função de preservar a história na memória da humanidade.

O nosso museu escolhido foi o Campo de Concentração Nazista em Dachau (pronuncia-se “Darrau”). Espero que o leitor possa sentir um pouco do que sentimos ao visitar esse museu. Vamos lá?

Campo de Concentração em Dachau

Campo de Concentração em Dachau

Um dia chuvoso e gélido não poderia ser melhor para transmitir o que vivenciaríamos a seguir. Encostado no vidro do trem bem vazio, por volta das 09h, olho para a paisagem que vai passando diante dos olhos. Estamos saindo do burburinho de Munique, rumo a nossa primeira visita a um lugar histórico marcado pela dor e sofrimento. Mal me contive de tanta expectativa para nossa primeira visita a um campo de concentração nazista da Segunda Grande Guerra Mundial.

Pegamos a linha S2 da Estação Central de Munique rumo a Petershausel e em vinte e poucos minutos estávamos na estação de Dachau Bahnhof (Dachau Bf). Saímos desta atrás do ponto de ônibus que já havíamos pesquisado em casa, muito fácil de encontrar, (linhas 722, 724 ou 726, pegamos o último e deixaram-nos na porta do museu) e seguimos rumo ao campo de concentração (KZ-Gedenkstatte). Compramos o ticket “single all day ticket Müncheqn XXL” em Munique. Esse bilhete serve para ir e voltar até Dachau, incluindo o ônibus!

Descemos com mais alguns turistas e fomos direto à entrada do Museu para o aluguel do audio-guia em português, que fez toda a diferença!!! A entrada do mesmo é gratuita!

Um dos muitos Campos de Concentração e Extermínio Nazista. Dachau, bem no centro inferior da imagem.

Um dos muitos Campos de Concentração e Extermínio Nazista. Dachau, bem no centro inferior da imagem.

Adentrávamos, então num mundo sombrio que tentaremos descrever algumas impressões a você, caro leitor.

Tudo começa aqui, seria um simples portão de ferro fundido se não fosse alguns detalhes que já indicam o que você verá adiante. Uma introdução aos horrores que veríamos. “Arbeit Macht Frei” – O trabalho Liberta. Isso era as boas-vindas que os nazistas davam para seus moradores (judeus, prisioneiros políticos, padres, testemunhas de Jeová, imigrantes, homossexuais, dentre outros).

"O trabalho Liberta" - inscrição nos portões de entrada.

“O trabalho Liberta” – inscrição nos portões de entrada.

 

Arbeit Macht Frei - uma desculpa para a sociedade? A primeira visão dos prisioneiros era um portão desses, o qual muitos não atravessariam novamente.

Arbeit Macht Frei – uma desculpa para a sociedade? A primeira visão dos prisioneiros era um portão desses, o qual muitos não atravessariam novamente.

Essa era a fachada do local, um campo de concentração no qual seus prisioneiros trabalhavam, como num reformatório rumo à liberdade!

Dali eles entravam no complexo de salas que hoje abrigam a exposição dos painéis informativos, artigos e mídias que contam a história do lugar.

Um campo criado em 1933 que serviu de modelo para os muitos outros campos de concentração e extermínio nazistas, Dachau começou modesto, com poucos milhares de prisioneiros, atingindo a extraordinária marca de 200 mil prisioneiros no seu auge de superlotação.

Imagem aérea feita pelo exército norte americano na época da libertação do campo de concentração.

Imagem aérea feita pelo exército norte americano na época da libertação do campo de concentração.

Pode-se dizer que o lugar foi um modelo completo que todo campo de concentração deveria ter, desde instalações administrativas, sanitárias, de acomodação, crematório e até uma câmara de gás, apesar de ser controverso se ela foi realmente usada.

Além dos mortos por condições degradantes que o ambiente oferecia, calcula-se que Dachau chegou a exterminar cerca de 30 mil pessoas. Em 1942 o campo foi liberto pelo exército dos EUA após retirada da maioria dos soldados da SS. O que encontraram lá permanecerá para sempre inarrável. Trinta e nove vagões de trem de pessoas mortas empilhadas! A maioria vinha de outro campo que não resistiu devido desnutrição.

Prisioneiros no dia da libertação do campo de concentração.

Prisioneiros no dia da libertação do campo de concentração.

A libertação dos prisioneiros foi difícil. Alimentar 30 mil pessoas desnutridas, sofrendo uma epidemia de febre tifóide e de várias regiões de toda Europa não foi fácil. Muitos prisioneiros não resistiram mesmo após libertos.

Enfermaria para cuidados do tifo.

Enfermaria para cuidados do tifo.

Várias alas mostrando o local que os presos tomavam banho assim que chegavam e passavam por uma desinfestação, a sala de cadastro com as fichas de entrada reais dos presos (são de arrepiar) dentre outras com uniformes, itens pessoais, levam o visitante a mergulhar em um mundo obscuro; tão próximo, tão real, tão frio!

Uma ficha original de registro de um prisioneiro em Dachau.

Uma ficha original de registro de um prisioneiro em Dachau.

Uniformes reais, utilizados por um prisioneiro em Dachau.

Uniformes reais, utilizados por um prisioneiro em Dachau.

Uma ala que muito me impressionou foi a dos experimentos feitos em Campos de Concentração, inclusive em Dachau, tomando os prisioneiros como cobaias humanas para as mais diversas atrocidades lembrando os filmes de terror com um “médico louco nazista”. Pesquisas de efeitos de elevadas altitudes no homem, em câmaras de descompressão, com tuberculose e malária, hipotermia foram algumas das diversas realizadas no campo de concentração, resultando em muitas mortes.

Experimentos diversos foram realizados com cobaias humanas. Aqui testes com hipotermia.

Experimentos diversos foram realizados com cobaias humanas. Aqui testes com hipotermia.

A história do imperio nazista e Hitler, o uso de prisioneiros como mão de obra para grandes empresas alemãs, o cotidiano de um campo de concentração, as torturas e atrocidades praticadas são bem retratados no museu, ali perdemos horas imersos em um mundo bem real de dor e terror, um contraste bem diferente do campo de concentração romanceado no clássico filme A vida é Bela de Benigni.

Outra visita imperdível, é a visita aos dois bunkers que foram reconstruídos para demonstrar como eram os mais de 30 galpões para hospedagem dos presos menos favorecidos. O lugar ainda retrata a adaptação do espaço ao longo do tempo que foi cada vez ficando mais superlotado.

Os bunkers foram destruídos após desocupação do campo e dois dos 30 foram reconstruídos para demonstrar como era a vida dentro do campo.

Os bunkers foram destruídos após desocupação do campo e dois dos 30 foram reconstruídos para demonstrar como era a vida dentro do campo.

O que restou dos bunkers originais, apenas as fundações.

O que restou dos bunkers originais, apenas as fundações.

Esse fato pode ser comprovado através dos beliches que antes tinham colchões, espaço para acomodarem malas e itens pessoais, divisão individuais e que aos poucos foram substituídos por pranchas de madeiras sem divisórias para acomodar, empilhar, os presos. O banheiro coletivo também mostra a situação humilhante que viviam.

Primeiros dormitórios tinham divisões individuais para camas e espaços para pertences individuais.

Primeiros dormitórios tinham divisões individuais para camas e espaços para pertences individuais.

os últimos anos de Dachau os prisioneiros eram amontoados em camas coletivas.

Nos últimos anos de Dachau os prisioneiros eram amontoados em camas coletivas.

O lavabo coletivo nos bunkers.

O lavabo coletivo nos bunkers.

Os banheiros eram compartilhados.

Os banheiros eram compartilhados.

As cercas ainda estão lá, claro substituídas por novas, mas exatamente como eram, demarcadas com áreas que se alguém ultrapasse poderia ser morto por um soldado SS. Não há poucos relatos de pessoas que foram mortas por inimizade com os soldados SS que as matavam e usavam como desculpa terem chegado à área da morte, próxima à cerca.

As cercas real eletrizadas, antecedidas por cercas de arame farpado e uma vala da morte. Ao chegar antes mesmo dessa vala, os prisioneiros já poderiam ser mortos, conhecida como zona da morte...

As cercas maiores eram eletrizadas, antecedidas por cercas de arame farpado e uma vala onde o sangue escorria. Ao chegar antes mesmo dessa vala, os prisioneiros já poderiam ser mortos, conhecida como zona da morte…

Dali fomos para o ponto alto de toda a crueldade de um campo de concentração. A câmara de gás. Antes de entrar na mesma, vimos antessalas manchadas por algo que não dá pra explicar, ouvimos no audio guia o relato de um soldado norte americano contando o que presenciou neste  lugar na ocupação americana. Centenas de corpos empilhados até o teto da sala em adiantado estado de decomposição, nus, aguardando serem cremados pelos gigantes fornos que tinham capacidade de dois corpos por vez. Ele descrevia o odor da morte como algo que até hoje se enoja. Foi através de Dachau que a humanidade conheceu as atrocidades ocultas realizadas pelo governo nazista.

A sala dos corpos.

A sala dos corpos.

Foto tirada pelo exercito norte ameixano no dia da libertação. Centenas de corpos em decomposição esperando ser cremados.

Foto tirada pelo exercito norte ameixano no dia da libertação. Centenas de corpos em decomposição esperando ser cremados.

Nesse lugar não há como não chorar. Não há como pelo menos não sentir um embrulho no estômago, passamos direto para os imensos fornos que hoje permanecem frios, mas que consumiram milhares de corpos sofridos.

Os fornos do crematorio, percebe-se pelo seu número que eles trabalhavam muito naquela época.

Os fornos do crematorio, percebe-se pelo seu número que eles trabalhavam muito naquela época.

Dali chegamos então à famosa câmara de gás. Uma sala curiosa com pé direito bem baixo, com vários “chuveiros” no teto. A placa indicativa de sala de banho traz à tona um choque: quantos entrariam ali pensando que seria mais um banho a se tomar! Será que saberiam do destino cruel? Ou iriam com certo alivio por poderem se limpar visto as condições precárias que viviam?

A "casa de banho" mortal. Na verdade trata-se da entrada da câmara de gás.

A “casa de banho” mortal. Na verdade trata-se da entrada da câmara de gás.

O ambiente angustia e aperta, talvez certa claustrofobia, não sei, mas saímos logo dali para outra sala, a qual os presos retiravam seus uniformes antes de entrar na câmara. Ali percebemos que estávamos seguindo o fluxo contrário do habitual, começando pela cremação, seguindo pela morte e, finalmente, nos minutos que antecederiam o “banho”.

O lugar mais doloroso para nós de toda a visita. Mesmo que haja controversas se foi usada, em outros campos ela foi muito operante e ceifou milhares de vidas. Originais só existem esta em Dachau e mais duas: em Sachsenhausen e Majdanek.

O lugar mais doloroso para nós de toda a visita. Mesmo que haja controvérsia se foi usada ou não, em outros campos ela foi muito operante e ceifou milhares de vidas. Originais só existem esta em Dachau e mais duas: em Sachsenhausen e Majdanek.

Saímos de lá e ainda vimos o paredão de fuzilamento e um bosque, onde estão até hoje as valas comuns, milhares de corpos silenciados em um ambiente calmo. Frio.

A sepultura de milhares de corpos ocorreu nesse bosque, onde há vários memoriais, inclusive um paredão de fuzilamento original...

A sepultura de milhares de corpos ocorreu nesse bosque, onde há vários memoriais, inclusive um paredão de fuzilamento original…

Dachau proporcionou-nos sentir, tocar e respirar a história! Muito diferente dos livros ou tudo que imaginávamos ser um lugar como este. Saímos de lá pensativos, sem muita conversa. Um pouco estarrecidos com a capacidade humana de praticar atos inimagináveis; da intolerância; do sangue derramado por motivação tão absurda.

Um lugar de tanta dor, tanto sangue, O Campo de Concentração em Dachau é hoje um museu que cumpre muito bem o seu papel: NUNCA ESQUECER.

Um lugar de tanta dor, tanto sangue, O Campo de Concentração em Dachau é hoje um museu que cumpre muito bem o seu papel: NUNCA ESQUECER.

Se você conseguiu chegar até aqui, caro leitor, talvez pense, quem em plena viagem aceita visitar um lugar tão triste e de ambiente tão pesado? Digo-lhe que foi a melhor decisão de nossa viagem à Munique, pois pudemos sair de lá crendo que a humanidade, apesar de tantos erros, esforça-se para reparar (apesar de irreparáveis) os seus atos danosos através de memoriais como esse, a fim de que nunca mais repitamos os mesmos erros.

Visite o site do museu para mais informações no site oficial.

 

Conheça outros blogs que também estão participando do #MuseumWeek 2016:

Como dissemos anteriormente, estamos participando da blocagem coletiva da Rede Brasileira de Blogueiros de Viagem (RBBV), em homenagem à #MuseumWeek 2016, confira os demais blogs que estão participando:

Geral

– A Fragata Surprise: Casas-museus: a vida cotidiana de gente muito especial
– Despachadas: 5 Museus Interativos ao redor do mundo

Europa

Alemanha
Tá indo pra onde? – Ilha dos Museus
Viajoteca – 5 museus inusitados em Berlin
Pelo Mundo Com Vc- Museu do Holocausto ou Memorial aos Judeus Mortos da Europa
Já Fomos – Visitando o Campo de Concentração em Dachau
Pequenos pelo Mundo – Museus de Automóveis na Alemanha
A Li na Alemanha – Museu Mercedes-Benz

Bulgária
Escolho Viajar – Museu Nacional de História Militar

Croácia
Rodinhas nos Pés – Museu Croata de Arte Primitiva

Espanha
Virando Gringa – Museo Atlantico
Comendo Chucrute e Salsicha – Museo de Artes y Costumbres Populares de Sevilla
Esto Es Madrid, Madrid – Museo de Altamira
Sol de Barcelona – Museu Joan Miro

França
Viagem LadoB – Museé D’Orsay
A Path to Somewhere – Centre Pompidou
Destinos por onde andei… – Louvre
Direto de Paris – Musée Rodin
SOSViagem – Museu do Louvre X Museu d’Orsay
Apure Guria – Antigo Egito no Museu do Louvre: incrível!
GréciaViaje Sim! – No centro das Cíclades: Museu Arqueológico de Delos
Fourtrip – Museus de Atenas

Grécia
Viaje Sim!: Museu Arqueológico de Delos
Fourtrip: Museus de Atenas

Holanda
Novo Caroneiro – Sexmuseum

Hungria
Juntando Mochilas – Museu do Terror

Irlanda
The Life of isa – 4 museus gratuitos em Dublin

Itália
Passeios na Toscana – Palazzo Pitti
The Nat’s Corner – Pinacoteca de Brera
Vou pra Roma – Museus do Vaticano
Roma Pra Você – Galleria Borghese
Grazie a Te – Corredor Vasariano

Malta
Viagens Invisíveis: Palácio dos Grandes Mestres e Armaria

Reino Unido
No Mundo da Paula: Museum of London
Vamos Viajar: British Museum
Segredos de Londres: Victoria and Albert Museum
Mochilão Barato: Madame Tussauds

República Tcheca
Trilhas e Cantos: Museu do Comunismo

Rússia
Love and Travel: Hermitage Museum
Viajei Bonito: Museu da Vodka

Suécia
Viajar pela Europa: Museu Vasa

Suíça
Carta sem Portador: Fondation Gianadda

Turquia
Viagem a Dois: Palácio Topkapi
Travel with Pedro: Museu de Arte Islâmica e Turca

América do Sul

Argentina
Sonhando em Viajar – Buque Museo Fragata A.R.A. “Presidente Sarmiento”

Brasil
D&D Mundo Afora: 9 Museus no Brasil
Coisos on the go: Inhotim
E aí, Férias!: Museu Imperial
Outro blog: Museu do Amanhã
#KariDesbrava: Museu Nacional de Belas Artes
O Melhor Mês do Ano: Museu do Futebol
Cantinho de Ná: Museu do Frevo
Viagens que Sonhamos – Fundação Iberê Camargo
De Cá Pra Lá: Museu Palácio dos Bandeirantes
Nativos do Mundo: Museu da República
Atravessar Fronteiras: CCBB – DF
Embarque neste blog: Museu Casa Guilherme de Almeida
Vida de Turista: Museu de Ciências e Tecnologia da PUC-RS
Mel a Mil pelo Mundo: Museu Julio de Castilhos
Devaneios de Biela: Museu Oscar Niemeyer
Tirando Férias: Museu de Zoologia da USP
Viagem em Detalhes: Museu Catavento – Espaço Cultural da Ciência
Estrangeira: Museu Histórico de Alcântara
Viajar hei: Os melhores museus para levar as crianças entre Rio e São Paulo


Chile

Gastando Sola Mundo Afora – Museo Chileno de Arte Precolombino

Peru
De Mochila e Caneca – Museu da Inquisição

América do Norte


Estados Unidos
Família Viagem – Fernbank Museum of Natural History
Janela para o Mundo – Graceland
RenataPereira.tv: Bibliotecas e Museus presidenciais nos EUA
Aquele Lugar: Museu do Ar e Espaço
Casal Califórnia: Museus no Balboa Park
Malas e Panelas: The Broad Museum
Felipe, o pequeno viajante: Museu de Anchorage, Alaska
Ideias na mala: Melhores Museus de San Francisco
Fica Dica Viagens – Vizcaya Museum

México
Viagem em Fuga: Museu Frida Kahlo
Uzi Por Aí: Museu Soumaya
Eu sou à toa: Casa-museu de Frida Kahlo e Casa-estúdio de Diego Rivera

 

Asia

China
Like Wanderlust – Museu Qin e os Guerreiros de Terracota

Vietnã
Brazuka – Museu da Guerra (War Remnants Museum)

Japão
A Aventura Começa – Meijimura

Oceania

Australia
Coordenadas do mundo – Museu de Arte Contemporânea

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43 comentários sobre “Visitando o Campo de Concentração em Dachau – #museumweek

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  3. Mari Vidigal

    Adorei o relato – duro e hiper emocionante da visita de vocês.
    Estive em Munique em Dezembro e acedi não indo para Dachau, como estava grávida achei que a visita poderia ser um pouco pesada de mais. E UFA! Acho que realmente não seria um bom momento para tantas emoções. Ficou para uma próxima!
    Beijos

  4. Giulia Sampogna

    Deve ser assustador pensar no que as pessoas passaram ai nao e? Eu tive a mesma sensação quando fui em um campo onde os lideres do khmer vermelho mataram metade da população de Camboja. Como existiram (e existem) pessoas tao ruins nesse mundo. Muito boa a narrativa do museu, espero ter a chance de visitar.

  5. Carolina

    Adorei a narrativa de vocês e o toque com todas as fotos P&B!
    Ainda não visitei nenhum campo de concentração, mas imagino que deva ser super pesado o clima, realmente imagino que não tenha como não chorar! Acho um ótimo relato lembrar para não se repetir!

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  9. Renata Pereira

    Essa experiência é mesmo chocante, mas acho superimportante a visita a um lugar assim para que a história não seja esquecida. Muito bem pensada também a ideia de colocar as fotos em preto e branco, dá o tom ainda mais sobrio ao relato. Parabéns pela iniciativa!

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  13. Pingback: Museu de Ciências e Tecnologia da PUC-RS

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  15. Gisele Prosdocimi

    Um post relato impressionante, parabéns pela escolha das palavras e pelas excelentes fotos em preto e branco, como se não se permitissem colorir o trágico, o repugnante, o incompreensível. A última foto em cores me transmitiu uma esperança de nunca mais se repetir na História da Humanidade acontecimentos tão desumanos. Um dos posts mais intensos que li nos últimos tempos, se não o maior e melhor, gostaria de tê-lo escrito, mas infelizmente não fiz a visita e nem sei se teria estômago para tanto. Curti a fanpage por causa da sensibilidade de vocês.

  16. Nathalia Depolo

    Caramba, que post!
    A gente que nunca viveu isso, quando vê imagens, lê relatos, ou visita um campo, já sofre com tanta dor que este lugar vivenciou. Imagino escutar isso de alguém que esteve aí dentro. Não consigo nem começar a processar.
    Ótimo post. Tem pessoas que não entendem como alguém pode “turistar” em campos de concentração, mas é sim preciso vivenciar isso diversas e diversas vezes, para que, como você mesmo disse, o mundo nunca esqueça o período sombrio do Nazismo!
    Mais uma vez, parabéns pelo post!

  17. Gabi Torrezani

    Em primeiro lugar parabéns pelas fotos, estão todas lindas! Em segundo lugar, que relato forte, quanta história… Confesso que nunca fomos em nenhum museu campo de concentração porque só de pensar ficamos super mal… Mas é necessário lembrar do passado para não deixar que se repita no futuro, né? Obrigada por essa viagem virtual. 🙂

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